Alunos do 5º Período do Curso de Letras Da Faculdade São MIguel

Alunos do 5º Período do Curso de Letras Da Faculdade São MIguel

terça-feira, 20 de novembro de 2012



JOHN DEWEY
(1851-1931)


               John Dewey americano nascido em Vermont teve uma educação desinteressante, foi professor nas escolas de nível secundário, até cursar a faculdade, defensor da democracia e liberdade, é pioneiro da Escola Nova. Cria escolas laboratórios influenciado pelo movimento do empirismo. Uma das principais figuras do pragmatismo nos Estados Unidos, John Dewey implanta a  Escola Progressista, essa nova forma de educação prega  a prática parceira à teoria , uma só é útil acompanhada pela outra, e as duas aliadas na resolução de problemas, os pensamentos teóricos só tem importância na resolução desses problemas. Dewey prefere ao termo instrumentalismo pois a idéia deve servir de instrumento.  Na Escola Progressista a criança é educada de forma total fisicamente, emocionalmente e intelectualmente. Com atividades para que as crianças sejam estimuladas e pensar sozinhas. Dewey  abordou em suas varias obras a educação e democracia,  só um cidadão educado poderá exercer a democracia plena, pois uma boa educação provoca o autodidatismo, a critica e o constante crescimento. Um governo só é democrático se o povo que o elege é devidamente educado, e que os grupos sociais  só educam os seus de acordo com suas aspirações, a elite educa seus filhos para serem senhores e o resto para serem escravos. 
por Renato j. santana

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM NOS SABERES DA PRÁTICA COTIDIANA DO EDUCADOR.


Luciano Gomes

Aluno de Letras Português/Inglês – 1º período

Disciplina: Teoria e Prática de Texto

Prof.ª Silvana
           

            A linguagem é tão antiga quanto o é a existência humana. Nós seres humanos, estabelecemos relações muito complexas uns com os outros, por meio de gestos, posturas, olhares, sons, contato físico, olfato. Entretanto, a comunicação, que é uma capacidade inerente a todos os seres vivos, parece ser negligenciada por uma postura superior adotada pelos docentes. Nesta via, que não é de mão única, compreender e ser compreendido naquilo que pretendemos expressar por meio da fala, deve nos sensibilizar ao ponto de considerarmos as nossas práticas cotidianas de aprendizagem, corroborando com esta ideia permita-me dar o exemplo do que foi dito pelo prof. Vicente Masip em um curso de capacitação para educadores na UFPE:
A criança ingressa na escola falando perfeitamente o português. Esse fato extraordinário, porém; pouco sensibiliza os alfabetizadores, preocupados apenas por ensinar seus alunos a ler e escrever. [Curso de: Fonologia e ortografia portuguesas, ministrado pelo Prof. Vicente Masip por ocasião de um projeto de extensão na UFPE em Julho de 2010 no auditório do CAC]

            Nós professores temos incutido em nossa formação o reproduzir o que aprendemos, de sorte que; tirar esse manto que encobre os prazeres do ensino/aprendizagem é descobrir que a vida é rica em ensinar coisas que não se aprendem na escola, e é preciso que professores e alunos partilhem saberes que irão constituir uma educação significativa e prazerosa. Se eu sei escutar bem, é óbvio que saberei responder bem. Nesta Via de mão dupla, a comunicação pela linguagem cotidiana do educador e educando, deveria fazer parte fundamental nos saberes do educador. Esta dificuldade de interagir é um problema da educação tradicional arraigada em nossa formação como diz (ALVES, 2010, p.27): “O aprendizado do ouvir não se encontra em nossos currículos. A prática educativa tradicional se inicia com a palavra do professor.”

             Para que haja uma mudança dentro deste trânsito que é a comunicação entre aluno e professor, é necessário ouvir mais os nossos alunos, perceber suas habilidades, detectar suas dificuldades e reconhecer que suas habilidades são o produto desta relação e interação. O fator primordial neste processo de aprendizagem é a linguagem interativa entre o aluno e professor, uma prática cotidiana negligenciada em muitas salas de aula. O que deveria ser um processo natural, assim como é o processo do aprendizado da fala da criança, por meio de uma interação social inicialmente com os seus pais, e na sequência esta interação e comunicação por meio da comunicação verbal entre os colegas de classe. Logo, o professor não deve ser visto como um computador ou uma enciclopédia ambulante, assim também a criança não de ser vista meramente como um pen drive, que deve ser formatado e carregado de material e conhecimentos moldados: 

A criança é vista como material a ser moldado. Os conhecimentos que traz, as informações que possui, as relações que estabelece, as habilidades que desenvolve em seu cotidiano, o fato de ser um sujeito participante da vida social, e que pertence a uma determinada classe, não são consideradas na pré-escola. Sua vida não é reconhecida como objeto de conhecimento e real articuladora de seu conhecimento sobre o mundo. (Esteban, 2001. p.25)

            Deste modo, a preparação dos educadores deve receber uma especial atenção, devido ao elevado grau de relevância em suas funções. O papel do profissional educador na sociedade é vital para a formação do indivíduo na sociedade, ele não prepara apenas outros profissionais qualificados em diversas áreas das ciências, ele lida com vidas, pessoas, não com máquinas. A relevância disto está na responsabilidade de lidar com indivíduos que serão o futuro de uma nação, homens e mulheres aptos a viverem e relacionarem-se bem em sociedade. O profissional educador deve ser competente em oferecer ferramentas que possibilitem a interação social da criança em sua fase estrutural fundamental, os erros praticados pelos educadores nesta fase do aprendizado da criança podem trazer graves consequências para esta criança.
 
“A primeira infância é um momento em que as estruturas fundamentais da pessoa são organizadas. Os erros educativos nessa fase têm, portanto, consequências das mais graves. É preciso oferecer aos professores da educação infantil um elevado nível de formação”.(Perrenoud, 2008, p.89)
 
            Portanto, promover ações que possibilitem aos profissionais educadores uma melhor interação por meio da linguagem comunicativa é fazer com que, em suas práticas cotidianas, o trânsito flua sem congestionamentos. Metaforicamente falando isto significa que, a comunicação exige um vasto repertório de habilidades em um processamento intrapessoal e interpessoal, ouvir, observar, falar, questionar, analisar e avaliar. Estas habilidades deve fazer parte do grande repertório de competências pedagógicas do educador, negligenciar ou simplesmente ignorar estas habilidades é quebrar um carro em uma grande avenida no horário de pico. Compete deste modo, aos educadores, deixarem fluir este trânsito.
 
Bibliografia e fontes:

1. ALVES, Rubem. Educação dos sentidos e mais... 6ª Edição. Campinas SP. Ed. Verus, 2010.
2. PERRENOUD, Philippe. Dez novas Competências para ensinar. Reimpressão 2008, Porto Alegre: Editora Artmed, 2000.

3. Maria Teresa Esteban é Doutora em Educação pela Universidade de Santiago de Compostela e Professora da Faculdade de Educação da UFF. Disponível em: http://www.professorthometavares.com.br/downloads/Dos%20saberes%20a%20pratica%20pedagogica%20na%20educacoo%20infantil.pdf

4. Curso de: Fonologia e ortografia portuguesas, ministrado pelo Prof. Vicente Masip por ocasião de um projeto de extensão na UFPE em Julho de 2010 no auditório do CAC.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Resenha: Filme Pequenas Estrelas na Terra


Resenha: Filme Indiano: “Como Estrelas na Terra” Taare Zameen Par - Every Child is Special.

 

Luciano Gomes

Aluno de Letras Português/Inglês – 1º período

Disciplina: Teoria e Prática de Texto

Prof. Silvana

           

            O filme se passa na Índia, A civilização indiana conta com mais de 5.000 anos e é a maior democracia do mundo. É o segundo país mais populoso, com 936 milhões de habitantes e o sétimo maior do ponto de vista geográfico. Na Índia vive 16% da população mundial; sua população é de 913.070.000 habitantes, com uma densidade demográfica de aproximadamente 275 hab/km2. Embora as condições de vida tenham melhorado em muitas áreas, cerca de um terço da população vive abaixo do limite de pobreza 1. Este é o ambiente em que vivem a maioria das crianças indianas, o contexto por si só justifica a atitude de um pai de dois garotos, criados para serem jovens bem sucedidos no mundo dos negócios. A desumana competitividade do mercado de trabalho, salários baixos e muita pobreza. Estas são as razões pelas quais uma minoria de indianos busca uma educação mais parecida com uma fábrica de máquinas de “super-profissionais”.

            O filme relata o caso de um menino, Ishaan; o caçula de uma tradicional família indiana. O garoto é superativo, e como qualquer criança na sua idade faz bastante peraltices. Entretanto o que preocupa os seus pais é a falta de concentração nos estudos regulares, o menino vive no “mundo da lua” nos intervalos da escola faz pinturas que retratam o seu universo solitário e particular. O que é impressionante, no entanto; é a forma como ele é cobrado pelos pais a que seja bem sucedido nos estudos. Imagine a pressão intelectual e psicológica sofrida por uma criança de apenas oito anos que vive num país em que são falados mais de 1.600 idiomas ou dialetos, compreendidos em 14 grandes grupos. E que o hindu (falado por 30% da população) é o idioma oficial, embora o inglês seja um idioma associado aos assuntos administrativos. Além disto, na índia existem mais 17 idiomas regionais oficiais. 1

            Toda esta pressão a qual Ishaan foi submetido é o produto de uma das funções da aprendizagem e educação, influência direta do meio de vida ocidental, que moldou muitos países asiáticos. Esta função da aprendizagem e educação é definida por (Paín, 2008) como Função repressora da educação. 2 Pain, afirma que, um dos papeis da educação repressora é, permitir a continuidade funcional do homem histórico, ou seja; garantir que este homem sobreviva moldado por um sistema que rege a sociedade. No caso específico de Ishaan, o sistema imprimia de forma esmagadora e em certos momentos violenta a liberdade do ser humano e a submetia um jugo muitas vezes desumano e cruel, esta foi a constatação inclusive do professor Ram Shankar Nikumbh (interpretado por Aamir Khan). O filme vai muito além de tocar na sensibilidade do educador, ele consegue passar uma mensagem de nosso papel como ser humano. O professor Ram Shankar Nikumbh lembra às crianças que Einstein, Agatha Christie, Da Vinci e Tomas Edison eram disléxicos e sofreram na infância. O problema diagnosticado por educadores não está apenas nas crianças; o professor Shankar passou esta mensagem. A pergunta que devemos fazer é a mesma que (ALVES, 2010) fez no seu livro Educação dos sentidos e mais... : “Os saberes que se ensinam nas escolas são ferramentas? Tornam os alunos mais competentes para executar as tarefas práticas do cotidiano? E eles, alunos, aprendem a ver os objetos do mundo como se fossem brinquedos? Têm mais alegria? “

            O que fizeram com Ishaan foi tolher a sua alegria de aprender. Pessoas com dislexia não são incompetentes na aprendizagem, nós é que somos incompetentes em ensiná-las como merecem. O filme retrata que a criatividade artística em disléxicos tende a ser mais aflorada, pela sua maneira distinta com que o mundo é compreendido. Então devemos com disse Rubens Alves, ensiná-los com alegria e fazê-los aprender como se o mundo fosse um “jardim de infância”; ensinar brincando. O papel do professor é de facilitador (não de “dificultador”) no processo de aprendizagem.

            A mensagem deste filme para os educadores é: Que educadores desejamos ser? Qual o verdadeiro papel de um educador na formação de um novo ser humano? O filme nos provoca, nos instiga e nos ensina que toda e qualquer criança é especial, que são como estrelas na terra, e que de forma nenhuma devemos negligenciar a diversidade e preciosidade destas pessoas especiais que fazem do nosso mundo, um lugar muito especial. Como disse (Alves, 2010) a cerca da forma de educar pelos sentidos: “Pense, invente as ferramentas de que necessito para realizar o meu sonho”. 3

 

Bibliografia e fontes:          


2. PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem- tradução Ana Maria Netto Machado - Porto Alegre – Artmed, 1985.

3. ALVES, Rubem. Educação dos sentidos e mais... 6ª Edição. Campinas SP. Ed. Verus, 2010.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A cosmovisão da sociedade para com o profissional intérprete e o seu papel na inclusão e cidadania.

Luciano Gomes 5º Período de Letras
Faculdade São Miguel
Disciplina: LIBRAS
Prof.ª Daniela Veras


A cosmovisão da sociedade para com o profissional intérprete e o seu papel na inclusão e cidadania.

Em vários países há tradutores e intérpretes de língua de sinais. Ao longo deste lento processo diacrônico (história da constituição deste profissional) originalmente surgiu de atividades voluntárias que foram sendo valorizadas enquanto atividade profissional na medida em que os surdos foram conquistando o seu exercício de cidadania. A participação de surdos nas discussões sociais representou e representa a chave para a profissionalização dos tradutores e intérpretes de língua de sinais.

            Outro elemento fundamental neste processo é o reconhecimento da língua de sinais em cada país. Na medida em que a língua de sinais do país passou a ser reconhecida enquanto língua de fato, os surdos passaram a ter garantias de acesso a ela enquanto direito linguístico. Assim, consequentemente, as instituições se viram obrigadas por decretos de lei a garantirem acessibilidade através do profissional intérprete de língua de sinais.

Entretanto, qual a cosmovisão da sociedade em geral para com este profissional? O Intérprete de LIBRAS tem recebido o devido valor por sua colaboração no processo de inclusão social? Ele tem exercido plenamente os seus direitos garantidos pelo poder público e goza de satisfação inefável em exercer suas funções como cidadão?

            Inicialmente, precisamos observar como o profissional intérprete é visto pela sociedade e não menos importante é a visão do poder público do mesmo. A primeira impressão que temos é que este nobre profissional ainda não tem sido ironicamente percebido aos olhos da sociedade e neste caso não estamos falando de deficientes visuais, mas de uma sociedade egocêntrica e hedonista preocupada apenas com seus interesses pessoais e pela busca frenética de seus prazeres.  

            Quanto à visão do poder público podemos afirmar com base na própria Lei nº 12.319 de 01 de Setembro de 2010 que regulamenta a profissão e o profissional reconhecidos que ela ainda é uma utopia. Podemos citar como exemplo positivo a iniciativa do estado do Rio Grande do Sul, que desde 1997 promoveu cursos de capacitação de profissionais intérpretes, mesmo antes de ela ter sido aprovada como lei:

[Em alguns estados brasileiros, surgiu a necessidade de regulamentar a atuação do profissional intérprete de língua de sinais. 0 estado do Rio Grande do Sul iniciou a capacitação de seus profissionais intérpretes em 1997 através de cursos certificados pela FENEIS/RS e pela UFRGS...]

                                                                           (MEC, 2004, p.41)

[Ao longo da atuação dos intérpretes neste estado, surgiu a necessidade de uma regulamentação para atuação dos intérpretes, uma vez que foram observadas restrições comuns que deveriam ser consideradas. A seguir, apresentar-se-á o regulamento para a atuação como tradutor e intérprete de língua de sinais elaborado pelos intérpretes de

língua de sinais do estado do Rio Grande do Sul. Vale ressaltar que o objetivo da apresentação do mesmo restringe-se a exposição da experiência deste trabalho com o intuito de contribuir para o desenvolvimento do profissional intérprete em outros estados brasileiros que não disponham de nenhum tipo de regulamentação.]

                                                                                           (MEC, 2004, p.41)

                Esta rara iniciativa do poder público ainda que no âmbito regional ainda é insuficiente para suprir a demanda recente de profissionais capacitados para exercer as suas funções. Ano após ano aumenta a carência destes profissionais que sem o reconhecimento de sua importante e porque não dizer; vital atuação no processo de ressocialização do deficiente auditivo. Aliado a isto salários injustos, raros incentivos, pouca valorização; tem sido fatores que contribuem ainda mais com a escassa procura nesta área de atuação:

[...] O Brasil é um dos países que menos paga aos seus professores. Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), apresentado, em Paris, durante as comemorações do Dia Internacional do Professor, realizado em 38 países, entre eles, o Brasil, revelou que um número cada vez menor de jovens está disposto a seguir a carreira do magistério. E uma das principais causas, senão a mais importante foi o baixo salário praticado. A pesquisa mostra ainda que, no Brasil, o salário médio de um professor em início de carreira é um dos mais baixos; precisamente, ele é o antepenúltimo da lista dos mais baixos entre os 38 países pesquisados.
                                                                                    

                                                                           (INEP/MEC, 2006, p.8)



            Como vemos o futuro do profissional intérprete? Não podemos esperar que um governo que sofre de miopia ou está com deficiência visual crônica quando olha para os projetos de políticas publicas voltada para o deficiente auditivo terá um futuro brilhante. Enquanto os incentivos, os cumprimentos das leis que regulamentam a profissão de intérprete de LIBRAS não saírem dos decretos discordamos veementemente da posição do MEC:

[O intérprete de língua de sinais no Brasil é um profissional com uma carreira promissora. Considerando as conquistas em nível legal, o contexto sócio-histórico e o momento político atual, pode-se projetar um futuro brilhante para os futuros profissionais desta área.]

                                                                                            (MEC, 2004, p.87)

            Vivemos uma realidade contrastante, as estatísticas mais realistas afirma que daqui a dez anos haverá escassez de professores na rede pública e privada, para que os futuros profissionais interpretes possam brilhar em suas carreiras se faz necessário rever alguns conceitos e prioridades educacionais.

Bibliografia:

O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília: MEC ; SEESP, 2004. 94 p. : il.
Relatório sobre Professores Atuando em Disciplinas Específicas e a Adequação de sua Formação Inicial para o exercício do Magistério, INEP/MEC, Brasília (DF) 2006.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Poema simbolista-Correspondência de Baudelaire


Curso de Letras – Faculdade são Miguel
Literatura Brasileira II
4º período – Prof. Ms Jefferson Souza
Karla Verônica

Fichamento do poema simbolista – Correspondências de Baudelaire
·         A característica marcante presente no poema correspondências de Baudelaire e ressaltado pela subjetividade, individualismo e misticismo rejeita a realidade e valorização do social, e atribuem um significativo simbólico as palavras que usa, e os personagens que criam.
·         Importância histórica da obra poética:
·         A obra poética de Baudelaire e muito significativa, e traduz uma mudança radical na poesia ocidental.
·         Herdeiro do romantismo negro de Edgar Allan Poe, é o último grande romântico francês, e ao mesmo tempo é o iniciador de uma nova sensibilidade baseada na experiência da vida urbana e na observação das ambivalências do mundo emotivo e imaginativo, opondo-se aos excessos sentimentos e retóricos do romantismo.
·         A obra mais importante de Baudelaire, “As flores do mal”, foi publicada e apreendida em 1857. Um livro com 52 poemas, proibido na França até 1924, por ser considerado um ultraje a moral pública. Durante este período vendeu milhares de exemplares.
·          O poema correspondências situa-se no inicio do livro, é o nº 04 da primeira parte, e deve ter sido escrito por volta de 1855, dois anos ates de ser publicado.
·         Em correspondências  , poema – teoria de Baudelaire, traça as principais linhas do que depois seria conhecido como simbolismo. A comunhão com a natureza vista como um templo: a floresta de símbolos que suscita união, harmonização do homem com essa natureza plena de sugestão, familiar, próxima, ligada em uma tenebrosa e profunda unidade. Esta ligação talvez seja o cerne para a compreensão do simbolismo: tudo é correspondência, tudo esta ligado, os sons as cores, as cores as imagens, as imagens ao tato, o tato ao paladar tudo o mais representado pela natureza. Um canto em uníssono emerge o simbolismo. Canto de êxtase do espírito e dos sentidos. 

Tradição X Contemporaneidade: Diferentes abordagens da aplicação da gramática em livros didáticos.



Faculdade São Miguel
Aluna: Vivianne Ditoso / 2ºperíodo
Professor: Cléber Ataíde / Linguística I

Tradição X Contemporaneidade: Diferentes abordagens da aplicação da gramática em livros didáticos.

Foram escolhidos dois assuntos de Sintaxe: Sujeito e Predicado para se fazer uma análise de como eles são abordados em livros didáticos da década de 90 e em livros contemporâneos.
Num livro da 7ª série do Ensino Fundamental do ano de 1995, encontra-se a seguinte abordagem: Sujeito é o ser do qual se diz alguma coisa. Acha-se o sujeito fazendo perguntas “quem” ou “o quê?”. Tirando-se o sujeito da oração, o restante é o predicado. Predicado é aquilo que afirmamos, declaramos ou negamos do sujeito.
Dando seguimento ao conteúdo, são apresentados e descritos os tipos de sujeito (determinado, simples, composto, oculto, indeterminado) e predicado (nominal e verbal).
Em analogia, um livro do 8º ano de 2007, aponta o mesmo significado para os assuntos, mas percebe-se diferença na metodologia de aplicação dos exercícios, pois na década anterior eram feitos de forma “descontextualizada ”.Exemplos:
Complete as orações, acrescentando um predicado ao sujeito.”
“Observe o modelo e coloque dois traços debaixo do sujeito e um debaixo do predicado.”
“Transforme o sujeito simples em composto.”
Enquanto atualmente dá-se prioridade a contextualização dos assuntos. Exemplos:
“Leia os anúncios abaixo e identifique o pronome que funciona como sujeito do verbo prometo.”
Suponha que a personagem do 2º quadrinho,em vez de dizer achei,dissesse “acharam o espetáculo maravilhoso”. Nessa situação, seria possível determinar o sujeito da oração?”
“Leia um trecho de uma reportagem e retire três orações com predicado nominal.”
Foram poucas as mudanças no ensino gramatical.A forma estruturalista foi sempre marcante,mas nas duas últimas décadas houve uma preocupação maior com a variação lingüística e com a abordagem teórica.Os estudos de texto vêm favorecendo as propostas de aplicações de conteúdos ,verificando de que maneira uma ou outra escolha interfere na construção de sentidos,entretanto,essa prática encontra mais reação por parte dos profissionais devido a dificuldade na compreensão dessa modificação no ensino da Língua Portuguesa.

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Referências bibliográficas

Douglas Tufano-Estudos de Língua Portuguesa-Gramática, 3ª edição, editora Moderna, 1995.
Luiz Antonio Sacconi-Gramática essencial ilustrada,18ª edição,editora Atual,1999.
Magda Soares- Português através de textos, 3ª edição,editora Moderna,1995.
William Roberto Cereja e Teresa Cochar Magalhães-Português: linguagens, editora Atual, 2003.
Obra coletiva-Português:Projeto Araribá,2ª edição,,editora Moderna,2007.

quarta-feira, 20 de junho de 2012


Curso de Letras- Faculdade São Miguel
LITERATURA BRASILEIRA III
5º período – Prof. Felipe Aguiar
Aluno : Alexsandro Marcolino da Silva
2012.1


Falando  de “Literatura e Sociedade”  há uma necessidade de voltar ao ano de 1959, ano que vinha à tona as publicações nacionais do livro “Formação da Literatura Brasileira”, desenvolvido pelo professor Antonio Candido sobre as principais obras e autores do Arcadismo e Romantismo. Nesse livro, o crítico explica seu sistema literário, mais especificamente a tríade formada por autor-obra-público, porem não vem ao caso mencionar especificamente essa obra.
    Em 1965, com “Literatura e Sociedade”, o autor retoma o seu sistema e salienta a importância do ambiente na tríade (autor-obra-público). Candido fala do valor da interpretação social de obras literárias, ressaltando que essa interpretação social não deve anular a interpretação estética, isto é, o externo (meio) não deve sobressair-se ao interno (a obra em si).
     Ainda em “Literatura e Sociedade”, o crítico retoma o Arcadismo e o Romantismo (séculos XVIII e XIX), todavia vai além; detalha os autores, as obras, todos de relevante importância de nossa literatura, até a geração de 45 (século XX). Questionamentos sobre nossa formação literária e nossa independência são expostos no estudo. Para Candido, é no Arcadismo que começa a produção literária nacional. Segundo ele, antes só tínhamos apontamentos de literatura não literatura de natureza concreta. É com os árcades que as coisas da terra, as descrições, a cor, o local começam a surgir em nossa literatura. Mas não é só isso, há também um interesse em contar nossa história. Exemplos disso são as poesias épicas “O Caramuru”, de Santa Rita Durão e “O Uraguai”, de Basílio da Gama, dois autores admirados pelos românticos , que enxergam neles a possibilidade de continuação do tema nacional. Já na primeira metade do século XX, os modernistas são de grande importância pelo vasto trabalho de pesquisa folclórica, por apresentarem maior liberdade na escrita poética e ficcional e, principalmente, por serem um “portão de acesso” literário às futuras gerações, especificamente a de 45.
    Em resumo, Candido aponta três fases de culminância literária: a árcade, a romântica e a modernista. A primeira por iniciar a literatura de maneira nacional, a segunda por dar continuidade e a terceira pela dissolução, pela despreocupação de se parecer com Portugal.