Alunos do 5º Período do Curso de Letras Da Faculdade São MIguel

Alunos do 5º Período do Curso de Letras Da Faculdade São MIguel

sábado, 9 de junho de 2012

LITERATURA E CULTURA DE 1900 A 1945


         O confronto de idéias, faz com que umas das vias pelas quais tomamos consciência de nós mesmos e o diálogo com Portugal. A fase culminante da nossa afirmação, a independência política e o nacionalismo literário do Romantismo, se processou pela negação dos valores portugueses  até que a autoconfiança do amadurecimento nos levasse a superar, no velho dialogo, esta fase de rebeldia.
         Na literatura brasileira há dois momentos decisivos que mudam os rumos e vitalizam toda a inteligência: o Romantismo, no século XIX, e o Modernismo no século XX. Ambos representam fases culminantes de particularismo literário no confronto de idéias. Comparada com a fase seguinte (1922-1945), a literatura aparece aí como literatura de permanência.  O regionalismo aparece com a publicação de Os sertões de Euclides da Cunha, em 1902, assim como a divulgação dos estudos de etnografia e folclore.
         A semana de Arte moderna foi o catalisador da nova literatura, coordenando graça ao seu dinamismo e ousadia de alguns protagonistas. No terreno literário, os novos encontraram duas tendência literárias, a primeira se amparava na pesquisa lírica de intenção psicológica, as duas referidas tendências combinadas entre si. Vistas de conjunto parece uma solução literária e ideológica frágil  e pouco construtiva. O modernismo rompe com as duas tendências.
         Na nossa cultura há uma ambigüidade fundamental: a de sermos um povo latino de herança cultural européia, mais etnicamente mestiço, situado no trópico, influenciado por culturas primitivas.
         Dentro desta visão cultural que por muito tempo mostrou uma fragilidade de nossa cultura, e assim forçava a nos esconder dentro da cultura européia, como por exemplo a europeização do índio. O modernismo rompe com estes estado de coisas, as nossas deficiências são reinterpretadas como superioridades.
         O decênio mais importante é o de 1930, a literatura e e o pensamento se igualam numa grande arrancada. A prosa, liberta amadurecida , se desenvolve no romance e no conto. Ao lado do da ficção o ensaio histórico-sociolólgico é o desenvolvimento mais interessante do período. Depois de 1940, vamos percebendo a constituição de um período novo, até 1945, vemos uma produção intensa, favorecida por um grande surto editorial.
         O Modernismo representa um esforço brusco e feliz de reajustamento cultural, apesar da cultura intelectual se haver desenvolvido  em ritmo acelerado.
         Dentro dessa visão, observamos que o desenvolvimento literário, não será só de responsabilidade dos atuais intelectuais mais de uma postura cultural, que observe o seu eu, e dentro de uma temática naturalista provoque criações e que os intelectuais reajam e reagirão, em favor de novos valores  da vida e da arte.
Por: Renato J. Santana

Nenhum comentário:

Postar um comentário