Alunos do 5º Período do Curso de Letras Da Faculdade São MIguel

Alunos do 5º Período do Curso de Letras Da Faculdade São MIguel

quarta-feira, 20 de junho de 2012


Curso de Letras- Faculdade São Miguel
LITERATURA BRASILEIRA III
5º período – Prof. Felipe Aguiar
Aluno : Alexsandro Marcolino da Silva
2012.1


Falando  de “Literatura e Sociedade”  há uma necessidade de voltar ao ano de 1959, ano que vinha à tona as publicações nacionais do livro “Formação da Literatura Brasileira”, desenvolvido pelo professor Antonio Candido sobre as principais obras e autores do Arcadismo e Romantismo. Nesse livro, o crítico explica seu sistema literário, mais especificamente a tríade formada por autor-obra-público, porem não vem ao caso mencionar especificamente essa obra.
    Em 1965, com “Literatura e Sociedade”, o autor retoma o seu sistema e salienta a importância do ambiente na tríade (autor-obra-público). Candido fala do valor da interpretação social de obras literárias, ressaltando que essa interpretação social não deve anular a interpretação estética, isto é, o externo (meio) não deve sobressair-se ao interno (a obra em si).
     Ainda em “Literatura e Sociedade”, o crítico retoma o Arcadismo e o Romantismo (séculos XVIII e XIX), todavia vai além; detalha os autores, as obras, todos de relevante importância de nossa literatura, até a geração de 45 (século XX). Questionamentos sobre nossa formação literária e nossa independência são expostos no estudo. Para Candido, é no Arcadismo que começa a produção literária nacional. Segundo ele, antes só tínhamos apontamentos de literatura não literatura de natureza concreta. É com os árcades que as coisas da terra, as descrições, a cor, o local começam a surgir em nossa literatura. Mas não é só isso, há também um interesse em contar nossa história. Exemplos disso são as poesias épicas “O Caramuru”, de Santa Rita Durão e “O Uraguai”, de Basílio da Gama, dois autores admirados pelos românticos , que enxergam neles a possibilidade de continuação do tema nacional. Já na primeira metade do século XX, os modernistas são de grande importância pelo vasto trabalho de pesquisa folclórica, por apresentarem maior liberdade na escrita poética e ficcional e, principalmente, por serem um “portão de acesso” literário às futuras gerações, especificamente a de 45.
    Em resumo, Candido aponta três fases de culminância literária: a árcade, a romântica e a modernista. A primeira por iniciar a literatura de maneira nacional, a segunda por dar continuidade e a terceira pela dissolução, pela despreocupação de se parecer com Portugal.

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